segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Comunicação Estratégica

Segundo Certo e Peter (1993), boa comunicação interna e comunicações abertas são características de companhias efetivas já comunicações internas ruins são as características de companhias não-efetivas.
Analisando este primeiro parágrafo já podemos observar a relevância da comunicação dentro das organizações, pois ela também pode ser um fator que auxiliará no sucesso ou insucesso desta.
Investimentos que visam fazer com que as organizações possam melhorar seu sistema de comunicação têm retorno garantido quando estas possuem uma estratégia a ser aplicada de acordo com o Plano Organizacional Estratégico, pois este dará diretrizes para buscar a eficácia do processo de comunicação e outros fatores virão para auxiliar na constante busca de melhorias neste sentido.
O Departamento de Recursos Humanos tem a missão de auxiliar todos os outros departamentos a fazerem com que a comunicação flua de forma inteligente e eficaz. Muitas burocracias, quando falamos de estratégia, devem ser superadas para fazer com que todos os funcionários tenham uma melhor utilização da comunicação empresarial.
Intranet, jornais internos, campanhas, murais, e-mails corporativos, ligações telefônicas e tantos outros canais de comunicação são utilizados diariamente por todos os colaboradores para que estes possam se relacionar com outros departamentos, com clientes ou com parceiros. Uma eficácia destes canais pode reduzir o número de perdas de informações, que são vitais para a organização como um todo. Há a questão de que, diversas organizações, utilizam-se de canais de comunicação somente para informar algo para os funcionários, porém quando esta pensa de forma estratégica, observa a oportunidade de utilizar estes canais também como uma forma de conscientização para questões importantes tanto para a organização quanto para a vida dos próprios funcionários, fazendo assim, com que haja uma interação melhor e maior com a comunicação utilizada. Há também a utilização de comunicação eficaz visando auxiliar no processo de comprometimento exigido dos colaboradores quando há um Plano Organizacional Estratégico em funcionamento.
Faz-se necessário que o plano de trabalho da Gestão Estratégica de Recursos Humanos vise dar uma atenção especial à comunicação a ser utilizada por todos da organização, pois não será possível transmitir os objetivos, as metas e o que se espera de cada colaborador, se não houver uma eficácia nos meios de comunicação para com estes.
Comunicar de uma forma ampla e eficaz pode levar o RH Estratégico a aumentar sua credibilidade, até mesmo porque poderá passar aos funcionários muitas questões de grande importância para todos. Faz-se necessário que os funcionários sintam-se bem em trabalhar na organização e este fator se torna ainda mais possível quando a comunicação é eficaz, fazendo com que todos possam receber as informações quando necessitam e na hora certa, de forma a fazer sentido tudo o que vem passando dentro de seu trabalho.
Salientamos que especialmente os funcionários os quais exercem funções de liderança devem saber utilizar a comunicação de forma clara e versátil. Não somente devendo se preocupar com a comunicação de modo a impor regras e informar o trabalho que seus liderados devem executar, mas até mesmo informalmente deve se utilizar desta ferramenta para vislumbrar questões importantes dentro do contexto organizacional.
Quando falamos em comunicação estratégica, é de extrema importância que possamos pensar nos ruídos (interferências que podem vir a provocar perdas ou desvios da mensagem) que podem interferir nesta comunicação, sendo eles por diversos motivos como obstáculos para transmitir a mensagem, acréscimo de informações não importantes, erros, etc. Qualquer erro, distúrbio ou deformação da fidelidade na comunicação de uma mensagem seja ela sonora, visual ou escrita, poderá prejudicar o processo. Na visão de Chiavenato (1999):

"Os ruídos criam várias distorções, como estereótipos (quando criamos uma imagem falsa de como o emissor realmente é), generalizações (quando uma impressão, favorável ou não, influencia o julgamento e a avaliação de outros traços específicos das pessoas), projeção (mecanismo de defesa, mediante o qual a pessoa tende a atribuir aos outros certas características próprias que rejeita inconscientemente) e defesa perceptual (quando o observador distorce as informações)" (CHIAVENATO, 1999, p.403).
Para que a organização tenha sucesso nas questões que almeja deve obter subsídios para evitar os ruídos e fazer com que a comunicação exerça seu papel de forma eficaz e estratégica. Envolver todos os funcionários no processo de comunicação para que estes utilizem as formas verbais e não-verbais em consonância com as questões organizacionais.
Uma ótima estratégia para organizações que já contam com informações consolidadas junto a seus funcionários e acredita que o Plano Organizacional Estratégico vem tendo um funcionamento contínuo há algum tempo, pode se utilizar da Gestão Transparente (também chamada de OBM – Open-Book Management). Esta gestão consiste em comunicação aberta e transparente a todos os funcionários sobre a questão financeira da organização. Através de três elementos chaves, que se constituem em:
1 – Compartilhar informações financeiras e operacionais detalhadas para que os funcionários saibam como a empresa fatura e como se pode esperar que eles a auxiliem para ficar ainda mais bem-sucedida;
2 – Os funcionários recebem um curso básico para entender os balanços;
3 – Gerência apresenta aos funcionários como o trabalho deles influencia os resultados financeiros.
Essa comunicação aberta deve ser utilizada em empresas as quais possuem confiança em seus colaboradores e sabem do nível de maturidade profissional que estes possuem, a fim de que o resultado destas intervenções possa ser positivo.
De acordo com as informações acima, podemos visualizar do que se trata a comunicação eficaz de forma a auxiliar o processo estratégico de uma organização, fazendo com que o Plano Organizacional Estratégico e o Plano Estratégico de RH possam vir a atingir seus objetivos de forma plena, aliado a outras questões importantes para este processo.

Bibliografia:
• CERTO, Samuel C e PETER, J Paul. Administração estratégica: planejamento e implantação da estratégica. Traduzido por Steffen, Flávio Deni: São Paulo: Makron Books, 1993.
• CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: O novo papel dos Recursos Humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Campus, 1999.

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